sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Agraciada pela luz

Estive doente. Isso mesmo, no passado. Fiquei duas semanas fora de mim, em uma nuvem de recuperação. Duas semanas doente: é tempo demais pra me parar.
Há muitos anos não fico doente, nem gripe me pega. Sempre achei minha saúde perfeita, e sou imensamente grata por isso.
Li que se você acha que está saudável, em alguma camada do universo ou em várias, você está realmente saudável. E o contrário também é verdade. Eu acredito muitíssimo nisso. Então, estou sempre bem, sempre com uma saúde incrível.


Bom, parar por duas semanas foi difícil, foi doído e doido. Me fez ficar estática, não falar, não andar, não comer direito, não ver coisas. Difícil. Pelo menos pra mim que sou quase a super Vicky - faço de tudo sem nunca parar.


Não pude deixar de entender que essa era uma forma do Universo me parar. Talvez pra eu começar o ano de forma espiritualmente mais elevada, ou com uma percepção mais amorosa da vida. Então, entendo que essa doença veio pra me curar. Pra curar meus sentidos e principalmente meus olhos, que veem de tudo.


No primeiro dia em que acordei curada, senti uma vibração tão boa, tão grande que queria sair gritando de camisola na rua. Nem sempre a gente percebe que tem saúde... e quando eu fui lembrada disso pelo Universo não tinha como não comemorar: sambei, fui até o chão, fiz quadradinho de 8, de 4, rodei no sol até ficar tonta, e por aí foi.


Tem um artista que eu adoro chamado Christo. O trabalho dele é cobrir coisas, de todos os tipos e tamanhos. O que ele faz é gigantesco e colorido... e por toda a sensibilidade, me chama atenção.


Aqui ó: http://www.christojeanneclaude.net/projects/wrapped-trees#.UuLK5tFTs2w


A coisa toda é: quando as coisas estão cobertas vocês as vê!
Como?
Isso mesmo, já pensou em passar na ponte estaiada e ela estar coberta de rosa? Você perceberia.

Só que tudo tem limite, se as coisas ficam cobertas por muito tempo, você para de nota-las.
Acostuma-se, fica cego novamente. É como aquele post-it que colocamos na mesa de trabalho pra lembrar de uma coisa que tecnicamente é importante, mas que por não ter importância nenhuma nunca será feito ou lembrado... até que um dia, em geral na véspera das férias, você 'ranca' o post-it dali e o manda pro lugar dele, a lixeira.


Você se acostuma. Eu me acostumo, me esqueço. Então, essa doença permaneceu comigo até que eu me lembrasse. Lembrasse que Deus e o Universo me deram um corpo perfeito e incrível, que tem uma saúde de ferro, é forte, tem energia e pode fazer milagres por mim e pelo outro.


Quando você está acostumado com saúde ou com doença, é ali que você mora mais tempo.
Mas de vez em quando, só de vez em quando, o Universo vem te lembrar do contrário... só pra testar o quanto você quer mesmo sair ou ficar em um dos lados. O que você escolhe pra 2014?