A turma precisou se dividir em grupos menores e realizar uma
determinada atividade, que certamente exigia uma ‘malemolência’ de todos os
participantes. É preciso sempre ceder em algum aspecto quando se está em grupo.
Em alguns grupos, notei que havia pelo menos uma pessoa
DISPOSTA.
Quando digo disposta, não estou me referindo a ‘estar a fim
de fazer’... inclusive porque isso em um curso, nem sempre acontece, mas as
coisas saem, evoluem. Disposta é estar de braços abertos, e isso se vê
literalmente na postura. Pessoas dispostas movem os braços de forma diferente,
quase nunca os cruzam, a não ser quando sentem frio.
O que notei é que duas pessoas em especial, uma em cada
grupo, eram pessoas magnéticas. Pessoas magnéticas tem a capacidade de imaginar
o que ainda não aconteceu, podem ceder e serem rígidas na medida exata, atraem
outras pessoas como um imã, elas sabem intuitivamente de sua própria existência
e presença em universos paralelos. Estão em outro nível da compreensão do mundo
e das coisas.
Não, não são pessoas que sabem tudo. Aliás, em geral sabem
um pouquinho de cada coisa, e não se aprofundam em nada. É gente que anda
distraída, mas sabe te contar em detalhes a combinação caótica e adorável que
uma moça que passou na rua soube criar: uma meia calça vermelha com sapato
boneca preto e um vestido cheio de detalhes verdinhos. E tinha fitas.
Como disse
um texto que li outro dia: tenho galhos pensamento!
Pulo de
galho em galho em questão de um quarto de segundo. Eu sou um pot-pourri. Não
meus pensamentos, eu.
O que eu vi nos grupos, é que, se você é uma pessoa magnética, você vai
encontrar o caminho de fazer as coisas acontecerem de uma forma bem mais bonita
e poética. É um carma. Você precisa ter ética pra seguir por esse caminho, precisa ser magn-ética.
Fiquei emocionada, porque vi que outras pessoas foram atrás desses dois
imantados.
É grave! Que tipo de pessoa pode fazer isso? É algo como um Deus? Algo
como um sacerdote divino enviado?
Não sei, mas eu acredito de verdade que Deus colocou em nós, todo o pó
de pirilim pim pim, que na minha concepção é brilhante, arenoso e o bastante
pra durar a vida toda. Se for assim, podemos de vez em quando, colocar a mão no
bolso do casaco e sem que ninguém veja, pegar um punhado e espalhar em volta de
toda a gente que nos cerca. Tem gente que faz isso de forma adorável.
Nas últimas semanas tenho descoberto que gosto de COM-PARTILHAR. Partilhar
com alguém. Gosto de encontrar, ou melhor, de vasculhar uma oportunidade, com
alguém aberto e disposto a RE-PARTILHAR: receber e depois partilhar novamente.
Gosto de mostrar um vídeo, uma imagem, um som, contar uma história, com quem
tenho certeza, no final vai dizer mais que ‘legal isso’... ela vai vibrar, chorar
e explodir, podendo se reconhecer um pouco em mim, e sem dúvida reconhecendo
outras pessoas magnéticas de sua vida. É isso que o magnetismo faz.
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